sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Os 4 melhores filmes sobre ÍNDIOS, já feitos no Brasil.



Hans Staden (2000), de Luiz Alberto Pereira. Narrativa da aventura real de um marinheiro alemão que naufragou no litoral de Itanhaém (SP) em 1548 e,  depois de viver algum tempo com os portugueses, foi aprisionado por uma tribo com a qual  conviveu durante quase dois anos, participando de suas caçadas , guerras e dos ritos de canibalismo, que foram descritos em detalhes por Staden em seu livro “Duas Viagens ao Brasil”, rico em ilustrações,  publicado pouco tempo de pois de ter voltado para a Europa, em 1550. É neste relato sensacional em que se baseia o filme.



Como Era Gostoso Meu Francês (1971), de Nélson Pereira dos Santos. A história de um náufrago francês aprisionado por uma tribo de índios no litoral brasileiro e sua convivência com eles enquanto espera pela grande festa antropofágica em que ele será o prato principal. Na época  causou muita polêmica, já que foi exibido nos cinemas no auge do regime militar e a censura cortou boa parte do filme em razão das cenas de nudez. Liberado, foi o maior sucesso de bilheteria daquele ano. É tido por muitos amantes do cinema como um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos.





Caramuru – A Invenção do Brasil (2001), de Guel Arraes, conta de uma forma quase carnavalesca a história real do português Diogo Álvares que no começo do século XVI naufragou (ou foi degredado, não se sabe!) na costa da Bahia e acabou caindo nas graças dos índios tupinambás da região. Por isso, acabou desempenhando um papel muito importante no início da colonização do Brasil. Álvares é considerado um dos precursores do povoamento e o primeiro português que se tem registro a casar-se e ter filhos com as nativas. A versão de Arraes sobre o mito consegue ser muito divertida e bem sustentada por um elenco jovem e belo como Camila Pitanga, Débora Secco, Selton Melo, Débora Bloch, entre outros.
   



Yndio do Brasil (1995), de Silvio Back, é um documentário que costura diversas trechos de filmes (documentários e ficções), fazendo uma análise das formas como os índios foram retratados no Brasil, desde as primeiras imagens de indígenas feitas, em 1912, até outras mais recentes.  A narrativa é poética e muito bem hukmorada, ao mesmo tempo, levando às vezes o espectador explodir em gargalhadas. Back faz uma análise histórica de como foi construída a imagem do índio no Brasil, como ele apareceu nos filmes e na literatura ao longo dos tempos. É um dos melhores documentários já produzidos pelo cinema brasileiro.



Clique nas imagens e veja trechos dos filmes.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Grandes Navegações e Descobrimentos

Naus e Caravelas     (nau portuguesa - 600 t.)


A nau é, acima de tudo, um navio de grandes dimensões. Uma enorme construção de madeira, que podia transportar até 1000. Não foram usadas nas explorações marítimas, mas no comércio oriental, a Carreira das Índias.Eram pesadas e lentas, mas carregava mais produtos que qualquer outra embarcação.  Já a  caravela foi um produto do desenvolvimento das técnicas navais portuguesas durante os séculos XV e XVI. Com 2 ou 3 mastros, levava  pouco mais de 20 tripulantes. Era uma embarcação rápida, de fácil manobra, capaz de bolinar bolinar (navegar em ziguezague contra o vento) e que, em caso de necessidade, podia ser movida a remos. Tinham em média 25 m. de comprimento, 7 m de largura e 3 m de calado (altura acima da água) e podia transportar cerca de 50 toneladas, o que fazia com que a maior parte de seu espaço fosse tomado pelas mercadorias, restando pouco espaço aos passageiros.Esta tonelagem chegou a aumentar até o século XVII, mas não passou de 200 toneladas.  

O texto a seguir trata dessa situação.


O Cotidiano a bordo         (caravela - 50 t.)

Apesar do gigantismo das naus da Carreira da Índia, o espaço destinado a cada pessoa a bordo era bastante exíguo, restrito a cerca de 50 cm. quadrados, ficando a maior parte do navio reservada para as mercadorias pertencentes à Coroa, aos mercadores, aos tripulantes e aos passageiros. Era tão pouco o espaço livre que, entre os séculos XVI e XVII, os marinheiros só conseguiam se movimentar a abordo graças ao sistema de escala, em que trabalhavam em duplas ou trios, técnica comum em países de tradição marítima.

Assim, enquanto um homem atuava no convés. Os outros descansavam, hábito que originou o termo mattenoot, ou companheiro do mesmo leito, para designar marujos holandeses, uma vez que, como seus semelhantes em outros países, todos ocupavam o mesmo beliche, alternadamente. Na volta das viagens as naus vinham tão sobrecarregadas que os passageiros não conseguiam caminhar da popa até o proa sem ter que subir em caixotes. Nos pavimentos inferiores, a carga ocupava quase todoo espaço, e mesmo luz e ar eram escassos, filtrados por frestas do casco, que também permitiam a entrada de água.

Fábio Pestana Ramos, NO TEMPO DAS ESPECIARIAS, ed. Contexto, 2004.


Exercício

O processo de expansão marítima foi, em Portugal, um empreendimento resultado da união de recursos governamentais e de particulares. Identifique no texto trecho que confirma este enunciado.

 Veja resposta logo abaixo em comentário.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Expansão Marítima

1. (UNICAMP) Segundo o historiador indiano K. M. Panikkar, a viagem pioneira dos portugueses à Índia inaugurou aquilo que ele denominou como a época de Vasco da Gama da história asiática. Esse período pode ser definido como uma era de poder marítimo, de autoridade baseada no controle dos mares, poder detido apenas pelas nações
europeias.
(Adaptado de C. R. Boxer, O Império Marítimo Português, 1415-1835. Lisboa: Edições 70, 1972, p 55.)

a) Quais fatores levaram à expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI?
b) Qual a diferença entre o domínio dos portugueses no Oriente e na América?

Orientação para resposta:

a) A necessidade de ampliação de mercados e a busca de metais preciosos foram os principais fatores que tornaram necessárias as explorações marítimas dos europeus na partir do século XV. Foram condições favoráveis para isso o surgimentos de Estados centralizados no continente, que podiam reunir os recursos necessários para este empreendimento e seu comprometimento com interesses mercantis.

b) Enquanto que os domínios portugueses no oriente eram feitorias destinadas ao comércio, na América foi instalado um sistema colonial destinado ao povoamento e a produção de riquezas dentro dos princípios mercantilistas do estado lusitano.

 


2. (FUVEST) Viagens portuguesas na época moderna


Observe as rotas no mapa e responda:
a) O que representou, para os interesses de Portugal, a rota marítima Lisboa-Cabo da Boa Esperança-Calicute?
b) O que significou a expedição de Pedro Álvares Cabral para o Império Português?

Orientação para resposta:

a) A rota marítima Lisboa-Cabo da Boa Esperança-Calicute representou a realização de um projeto de ampliação das atividades mercantis que vinha sendo buscado pelos lusitanos desde a segunda metade do século XV. Através dela os portugueses poderiam atingir importantes regiões comerciais do Orientes, as Índias, trazendo de lá valiosas mercadorias que poderiam ser vendidas com alta lucratividade em seus mercados consumidores.

b) Além de comandar aquela expedição, que seria a segunda dos portugueses a chegar à Índia e estabelecer relações comerciais mais volumosas com os povos locais, além de consolidar esta rota como uma das mais lucrativas para o comércio português, Cabral teve a incumbência de tomar posse das terras americanas que cabiam a Coroa Lusitana pelo Tratado de Tordesilhas, revelando ao mundo a existência daqueles domínios seriam as mais lucrativas do Império Português.

domingo, 14 de agosto de 2011

Teste


“...Não têm barba nenhuma nem veste vestimento nenhum assim os homens como as mulheres, que como saíram do ventre de suas mães assim vão, que não cobrem vergonha alguma; e assim pela diversidade da cor, que eles são como de cor parda... e nós, branco; de modo que sentindo medo de nós, todos se meteram no bosque....”
(Américo Vespúcio, 19 de julho de 1500)


Relacionando texto e quadrinho é possível afirmar que:


a) Observam o choque de civilizações com pontos de vistas diferentes.
b) São críticos com relação ao domínio europeu sobre o Novo Mundo
c) Atestam a superioridade européia sobre os nativos da América.
d) Satirizam os valores e padrões estéticos dos europeus.
e) São metáforas das teorias relacionadas à superioridade racial branca.


 Veja resposta logo abaixo em comentário